Trabalhos de calçamento da Avenida Carandaí. A direita podemos ver parte da Usina de Gás Pobre que existiu nesse quarteirão, atualmente ocupados por edifícios comerciais e residenciais.
Fonte: APM

Calçamento concluído da Avenida Carandaí na esquina com Avenida Afonso Pena.
Fonte: APM

As fotos acima mostram os trabalhos de calçamento com paralelepípedos de granito realizado na Avenida Carandaí nos anos 20 (nos anos 10 chamava-se Av. Silviano Brandão). Os serviços de calçamento eram considerados prioritários pelos Prefeitos da capital desde a sua fundação tendo diminuído no final da década de 1910 devido a crise econômica gerada pela Guerra. A falta de pavimentação das ruas gerava problemas sérios relacionados ao escoamento das águas pluviais e ao trânsito de pedestres que frequentemente se viam obrigados a saltar as valas que se formavam devido as chuvas. Inicialmente a Prefeitura utilizou o sistema de macadamização das ruas com cascalhos retirados nas proximidades das vias que eram calçadas e das áreas que eram desmontadas e terraplanadas na Zona Urbana. Posteriormente, com o aumento do tráfego de pedestres e de veículos as principais ruas da capital foram calçadas com paralelepípedos e mesmo asfaltadas, como podemos ver nas fotos abaixo.

Pavimentação da Avenida Paraúna, atual Getulio Vargas nas proximidades da Praça ABC, no cruzamento da Avenida Afonso Pena.
Fonte: APM

Calçamento na mesma Avenida, em frente ao Grupo Escolar Barão do Rio Branco.
Fonte: APM

Calçamento em macadame na Rua Professor Morais, antiga Rua Paraibuna, no cruzamento desta com a Rua Antônio de Alburqueque ainda de terra, como podemos ver à esquerda da foto.
Fonte: APM

Calçamento da mesma rua, na esquina da Rua Tomé de Souza. Ao fundo um rolo compactador e operários trabalhando no calçamento em outro trecho. A esquerda a mureta do Córrego do Acaba Mundo, canalizado poucos anos antes deste registro fotográfico.
Fonte: APM

Podemos observar também a reforma dos passeios que foram alargados e consertados nesse período nas áreas mais movimentadas da capital. A Prefeitura iniciava então o processo de regularização de ruas, praticamente paralisado desde a extinção da Comissão Construtora. A ineficiência desses serviços nos primeiros anos de Belo Horizonte permitiu a construção e a abertura de inúmeras ruas contrárias do que foi planejado pela Comissão Construtora, um assunto que será discutido nos próximos artigos.

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